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quarta-feira, 26 de abril de 2017

Guiné 61/74 - P17288: Parabéns a você (1244): Rui Vieira Coelho, ex-alf mil médico, CCS/BCAÇ 3872 (Galomaro, 1971/74)... "Desejo-lhe um dia muito feliz junto dos seus e sábado no nosso almoço anual, desta vez em Fátima, vamos cantar-lhe os parabéns e beber um copo à sua saúde" (Juvenal Amado)


Guiné > Zona Leste > Guiné > Zona leste > Setor L5 (Galomaro) >  BCAÇ 3872 (1972/74 > Saltinho > 1973 > O alf mil médico num dos rápidos do Rio Corubal. Integrou o BCAÇ 3872 (1972/74) e o BCAÇ 4518 (1973/74).
Foto (e legenda): ©  Rui Vieira Coelho  (2014). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Galhardete do BCAÇ 3872 (Galomaro, 1972/74)


Convívio > 8 de maio de 2016 > Os drs. António Pereira Coelho e Rui Vieira Coelho, à esquerda e ao centro; o  Juvenal Amado, à direita.


Foto (e legenda): © Juvenal Amado  (2017). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do nosso camarada Juvenal Amado, com data de hoje, às 16h38:

O dr Vieira Coelho que prestou serviço no BCAÇ 3872 [, Galomaro, 1971/74], faz hoje anos mas eu só agora soube.

Ele substituiu o dr António Pereira Coelho,  um grande homem, que teve como substituto outro grande homem, que também não foi só o médico do batalhão, foi um amigo numa amizade que se prolongou até aos dias de hoje. (*)

Desejo-lhe um dia muito feliz junto dos seus e Sábado no nosso almoço anual, desta vez em Fátima, vamos cantar-lhe os parabéns e beber um copo à sua saúde. (**)
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(**) Vd. poste de 14 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17136: Convívios (782): XXII Encontro do Pessoal do BCAÇ 3872, dia 29 de Abril de 2017, em Fátima (Juvenal Amado)

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Guiné 63/74 - P16175: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (102): no convívio deste ano, do pessoal do BCAÇ 3872, quem é que eu vou reencontrar? O meu antecessor, o hoje ilustre prof Pereira Coelho, bem como o Ussumane Baldé que estagiou comigo quando eu era subdelegado de saúde da zona de Galomaro-Cossé (Rui Vieira Coelho, ex-alf mil médico, BCAÇ 3872 e BCAÇ 4518, Galomaro, 1973/74)


Convíívio do pessoal do BCAÇ 3872 (Galomaro, 1972/74) > O momento do reencontro dos dois grandes médicos do batalhão de Galomaro... Entre os dois o ex-alf mil trms Mário Vasconcelos


Os drs,  Pereira Coelho e Rui Vieira Coelho, mais o  Juvenal Amado

Fotos (e legendas): © Juvenal Amado (2016). Todos os direitos reservados

1. Mensagem, com data de ontem, do nosso camarada Rui Vieira Coelho, médico reformado, ex-almil méd,  BCAÇ 3872 e BCAÇ 4518 (Galomaro, 1973/74):

Assunto - Libaneses

Luís, uma vez questionaste se havia Libaneses nas regiões em que estávamos aquartelados.

Em Galomaro eu sabia que sim, só que não me recordava do nome. Um estabelecimento que vendia de tudo, era do Sr Antoine Faran que vivia com a sua esposa, dois filhos e com o seu pai que se chamava Zamir Faran. 

Foi num convívio do Batalhão 3872, há pouco mais de 3 semanas,  que eu vim a tomar conhecimento daquilo que me parecia já esquecido.

Reencontrei o meu antecessor,  o Professor Pereira Coelho que já não via há cerca de 42 anos e que me emocionou bastante. Voltar a abraçar o percursor em Portugal da inseminação artificial deu ao encontro uma grandeza ainda maior

No meio disto tudo o Prof Pereira Coelho vinha acompanhado do Sr. Ussumane Baldé, que estagiou no Posto de Saúde Militar e na Saúde Civil onde eu era Sub-Delegado de Saúde da Zona de Galomaro- Cossé. 

 O Ussumane Baldé [, foto à esquerda,] mora na Praceta Henrique Pausao n 7,  4 E, 2745-123 Queluz Monte Abraão, mas ainda não apurei o que faz ou que necessidades eventualmente possa ter. 

Foi realmente um reencontro memorável e cheio de afectos, recordações de tempos conturbados mas com a certeza do acreditar numa Lusofonia que nos trouxe ensinamentos e amizades que se irão perdurar cosmicamente para todo o sempre.

O meu relato do encontro do Batalhão serve para responder a várias interrogações e tornar a Tabanca Grande cada vez Maior.

Um abraço do
Rui Vieira Coelho
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Notas do editor:

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Guiné 63/74 - P16110: Convívios (747): Almoço do pessoal da 3872, onde se encontraram dois grandes médicos, o Dr. Pereira Coelho e o Dr. Rui Vieira Coelho (Juvenal Amado)

 

1. Mensagem nosso camarada Juvenal Amado (ex-1.º Cabo Condutor Auto Rodas da CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74), com data de 11 de Maio de 2016, com o rescaldo do Convívio do pessoal do BCAÇ 3872, ocorrido no passado dia 8:


Almoço do 3872

No dia 8 de Maio realizou-se mais um Encontro da CCS do 3872 onde se juntaram alguns elementos em especial da 3491 - Dulombi e 3490 - Saltinho, que já vão sendo hábito marcar presença. Não foi dos mais concorridos pois vão as preferências geográficas do pessoal participante por de zonas mais ao centro do país.

Foi no entanto um grande convívio, onde inesperadamente revi camaradas que já não via há muito tempo e presenciei reencontros de camaradas, que por estranho que pareça, não se reconheceram. O Cabo Enfermeiro Correia não reconheceu o Cabo Enfermeiro Catroga. Valeu a pena ver a estupefação genuína após a minha pergunta para adivinhar quem ali vinha. Ele não conseguiu reconhecer até eu desvendar o segredo. Depois, foi o que se esperava com abraços e conversas de nunca mais acabar.

O almoço foi bem condimentado com as nossas recordações como de costume. Também de costume se falou dos ausentes, reviveram-se as estórias com nuances e versões, que o tempo burilou onde o mesmo acontecimento é contado de várias formas.
Mas que interessa isso? Não se está a escrever a História mas sim a relembrar estórias.

A talhe de foice, acabou por vir à baila um dos nomes mais acarinhados, que por doença não pode estar presente.
Todos os que lidaram com ele têm estórias mirabolantes de que foi protagonista e como dava a volta ao tenente, que tinha por ele uma estima paternal.
Falo do Alfredo (estofador), que era um daqueles camaradas que tinha sempre uma piada, uma partida e sendo ele de riso fácil, o tornava contagiante espalhando-o pela assistência.

Em conversa com o primo, que foi furriel da ferrugem e por conseguinte superior no nosso pelotão, a respeito da doença (AVC) que o acometeu, diz este:
- ”O estofador não fala o que é uma grande injustiça”.

Como grande comunicador que era, ao perder o dom da fala, fica limitado no poder que tinha para espalhar a sua boa disposição. A sua forma de se expressar, com tiques de malandragem lisboeta, fazia dele uma companhia sempre desejada.

O tenente tinha-se arvorado em “padrinho” e protector. Passava a vida a ralhar por tudo e por nada. Mandava-o chamar a todo o momento para as tarefas mais disparatadas, facto esse que motivava o desaparecimento do “estofa” por largos períodos das vistas do nosso tenente. Mas o nosso superior deitava a mão a qualquer um que passasse junto à secretaria, mandava-o chamar a toda a hora e a todo o momento. Também lhe cortava a idas a Bafatá, o que motivava que ele se desenfiasse para a bolanha e aí apanhava boleia da coluna onde tinha sido proibido de participar.
Tal exagero quase perseguição, veio-se a saber que se devia à promessa do Alfredo “estofa”, de vir a integrar a Guarda-Fiscal, ou Republicana, após a desmobilização. E assim o tenente garantia que o nosso extrovertido camarada não apanhasse alguma porrada, que lhe sujasse a folha de serviços.
Nesse jogo de “sedução” o Alfredo tinha o que queria do tenente, mas também lhe tinha que aturar as reprimendas.

Assim se chegou ao fim da comissão sem que o “estofa” assinasse os benditos papeis que o tornaria membro dessas pouco prestigiadas, na altura, forças da ordem.

Já tínhamos os carros preparados com a bagagem para rumar ao Xime e embarcarmos para Bissau. A cerveja corria a rodos e todos bem bebidos, lá andava o tenente à procura do arredio camarada que não queria de maneira nenhuma ser apanhado e assinar os tais papeis.

Mas o imponderável aconteceu e o bem bebido Alfredo, entre a enfermaria e o edifício do comando, dá-se de frente com o até ali “benfeitor”. Levou um ralho a que os vapores do álcool fizeram responder assim mais ao menos:
- Raios parta o homem, que não larga da mão!
- O que é que disseste? Queres ver que levas já nas trombas?

O Alfredo embalado como estava e com voz distorcida responde:
- Dê-me sim, que logo vê o que lhe acontece!

O tenente ficou estarrecido. Era impensável o que acabara de ouvir do seu protegido. Desta vez, o nosso camarada tinha transposto a barreira do inaceitável até de um pai para filho.
A coisa ia acabar mal e logo chamamos o Alfredo à razão, que entre os vapores do álcool começou a aperceber-se do que tinha acabado de fazer. No dia seguinte partiríamos logo cedo para o Xime e urgia que o “estofa” arranjasse forma de pedir desculpa ao tenente, atribuindo que não sabia com quem estava a falar, pois para além dos copos, ali entre as viaturas carregadas estava escuro, etc. etc. etc.
Escapou à justa. O tenente não deve ter engolido as desculpas esfarrapadas e assim se acabou a amizade, bem como a entrada do Alfredo para a GNR ou congénere Guarda-Fiscal.
Parece que ainda vejo o Alfredo a contar isto imitando o nosso tenente e a fazer-nos rir até às lágrimas.

Compreende-se que seja uma injustiça ter perdido o dom da fala, ver os esforços que ele faz para nos comunicar, a coisa mais básica e insignificante sem o conseguir.
Este ano não foi ao encontro pois no ano passado emocionou-se de tal forma, que o médico desaconselhou a sua participação no deste ano. Para o ano talvez, e faço votos que ele esteja melhor para juntos recordarmos as peripécias de que ele era pródigo.

Um abraço
JA

 Drs. Pereira Coelho e Rui Vieira Coelho

 Enfermeiro Catroga e Ussumane Baldé

Momento do encontro dos dois grandes médicos do 3872
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Nota do editor

Último poste da série de 14 de Maio de 2016 Guiné 63/74 - P16086: Convívios (746): 22.ª edição (2016): Pessoal de Bambadinca, 1968/71 (CCS/BCAÇ 2852, CCAÇ 12, Pel Rec Daimler 2046, Pel Rec Daimler 2206, Pel Caç Nat 63, e outras subunidades adidas) - Coimbra, 28 de Maio de 2016 (António Damas Murta, ex-1.º Cabo Op Cripto, CCAÇ 12, 1969/71)

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P15994: Agenda cultural (475): Núcleo da Covilhã da Liga dos Combatentes, amanhã, 21, às 16h00, no auditório da biblioteca municipal da Covilhã: Juvenal Amado apresenta o seu livro "A Tropa Via Fazer de Ti um Homem"; confirmada a presença do prof Pereira Coelho, que foi um dos médicos do BCAÇ 3872, em Galomaro, 1971/72



1. Mensagem de hoje do Juvenal Amado [ex-1.º Cabo Condutor Auto Rodas da CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74, autor do  livro "A Tropa Vai Fazer De Ti Um Homem", Lisboa, Chiado Editora, 2016]: 

Amanhã vou fazer a apresentação do livro na Biblioteca de Guimarães no âmbito das comemorações dos 58 anos da Tertulia da Liga Combatentes da Covilhã.

Já tenho a confirmação da presença do dr Pereira Coelho que foi médico do meu Batalhão e posteriormente se dedicou à fertilização in vitro.

Também estou convidado para ir a um encontro nas Caldas da Rainha e tenho o almoço da minha companhia em maio.

Tem sido sempre a andar e os primeiros 200 [exemplares]   já lá vão.

Está a ser giro e está-me a dar muitas alegrias não só no seio dos combatentes . Há muitas senhoras que mo compraram também.

Qualquer camarada que o quiser adquirir basta que entre em contacto pelo blogue, pelo facebook ou pelo meu email.

Mais uma vez obrigado e aceita um abraço, Juvenal.

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Nota do editor:

Último poste da série > 4 de abril de  2016 >  Guiné 63/74 - P15937: Agenda cultura (474): Em Fafe, "terra justa", 4ª feira, dia 6 de abril de 2016: homenagem às nossas camaradas enfermeiras paraquedistas, representadas ao vivo pela Rosa Serra, no âmbito da edição de 2016 do "Terra Justa - Encontro Internacional de Causas e Valores da Humanidade"

domingo, 11 de outubro de 2015

Guiné 63/74 - P15238: Efemérides (201): Hoje faz anos o Catroga, ex-1.º Cabo Enfermeiro da CCS do BCAÇ 3872 (Juvenal Amado)

1. Mensagem do nosso camarada Juvenal Amado (ex-1.º Cabo Condutor Auto Rodas da CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74), com data de 11 de Outubro de 2015:


Hoje faz anos o Catroga

Natural do Rossio ao Sul do Tejo em Abrantes, foi cabo enfermeiro em Galomaro integrado na CCS do 3872 e por lá se tornou numa pessoa em que se confiava quer nos doesse a cabeça, precisássemos de tratar algum escarepe1, estivéssemos com ataques de paludismo ou simplesmente alcoolizados ao ponto de perdermos a consciência, o que acontecia com alguma frequência e não falo só de praças.
Podíamos contar com ele sempre e não estou a dizer com isto, que não se pudesse contar com o restante pessoal do serviço de saúde, mas hoje falo Catroga, da forma como ele me aliviou as dores, da preocupação que vi na cara dele quando os primeiros três dias estive na enfermaria com um violento ataque de paludismo, que me acometeu pela primeira vez.
Passadas que foram as febres e tremores, já livre de perigo fui acometido de dores de cabeça que não davam descanso noite e dia. Sem conseguir dormir, percebi que a minha evacuação seria o próximo passo. Assim ditavam os semblantes do Dr Pereira Coelho e do Catroga, que falavam a meia voz à porta da enfermaria. Mas as dores foram amainando, só ficava assim por resolver o não dormir, que em mim é um sintoma grave, pois eu era capaz de dormir em cima de monde de pedras.
Nessa altura o Catroga deu-me então um Valium 10 e francamente o que eu senti a seguir foi um flutuar sobre nuvens e um agradável mergulhar na inconsciência. No outro dia quando acordei, estava o Catroga junto da minha cama, possivelmente a ver com eu estava pois dormi sem dar sinal de mim, mais de doze horas.

Catroga e Jamba, que sem sabermos era o responsável do PAIGC

Nada de mais dirá ele, mas para nós que saíamos nas colunas, ou para o mato, o corpo médico dava-nos segurança. Sabíamos que o maqueiro que ia connosco tudo faria até com desprezo da própria vida para acudir a algum camarada ferido, e quando chegássemos ao quartel, o médico estaria lá para fazer os impossíveis para nos salvar.

O Catroga quando regressou, inexplicavelmente não seguiu enfermagem, emigrou e por lá ficou. Perdeu-se assim nas palavras do Dr Rui Coelho um excelente profissional de saúde.
Quando perguntava por ele nos almoços ninguém sabia dizer-me nada, até que há quatro anos o encontrei no almoço da Companhia em Marvão. Tinha regressado de vez, ia começar um negócio em Abrantes. O negócio não correu bem, infelizmente, e durante tês anos não voltei a saber dele até no ultimo almoço na Mealhada. Voltou a aparecer, visivelmente mais magro e a recuperar de problemas de saúde mais ao menos graves. Sei que não consegue a reforma pois disseram-lhe que terá de esperar até fazer 66 anos. É trágico, mas é a forma como são tratados alguns neste país.

 Catroga e esposa

Hoje faz 65 e o meu desejo é que passe um dia feliz junto dos seus e que a vida lhe sorria daqui para a frente para variar. A dívida de gratidão que tenho para com ele nunca a conseguirei pagar.

Parabéns Catroga.

Nota:
1 - Calão para Doença Venéria
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Nota do editor

Último poste da série de 10 de Outubro de 2015 > Guiné 63/74 - P15235: Efemérides (200): A freguesia de Guifões (no Concelho de Matosinhos) tem desde ontem um Memorial de homenagem a todos os Combatentes da Guerra do Ultramar da União de Freguesias de Custóias, Leça do Balio e Guifões (Carlos Vinhal / Albano Costa)

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Guiné 63/74 - P11764: Os nossos médicos (53): Homenagem ao pessoal da saúde do meu BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74 (Juvenal Amado)


Guiné > Zona leste > Setor L5 > Galomaro >  CCS/BCAÇ 3872 (Galomaro, 1971/74) > Alf mil médico Vieira  Coelho, ou simplesmente dr. Vieira Coelho. [, Presumo que seja o dr. Mário Jorge Silva Vieira Coelho, especialista em ortopedia e traumatologia, com consultório no Porto (LG)].

Guiné > Zona leste > Setor L5 > Galomaro >  CCS/BCAÇ 3872 (Galomaro, 1971/74) > Da esquerda para a direita: dr. Pereira Coelho mais alferes mil Vasconcelos, Veiga e Parente

Guiné > Zona leste > Setor L5 > Galomaro >  CCS/BCAÇ 3872 (Galomaro, 1971/74) > Fur mil enf Graça mais os seus ajudantes, Santos e Correia, na enfermaria.

Guiné > Zona leste > Setor L5 > Galomaro >  CCS/BCAÇ 3872 ( Galomaro, 1971/74) > O enfermeiro Catroga, prestando à população civil cuidados de enfermagem comunitária, ou "em ambulatório"

Guiné > Zona leste > Setor L5 > Galomaro >  CCS/BCAÇ 3872 ( Galomaro, 1971/74) > Enfermeiro Catroga e o Padre Nuno

Guiné > Zona leste > Setor L5 > Galomaro >  CCS/BCAÇ 3872 ( Galomaro, 1971/74) > Natal de 1973 > Dr , Narcíso, Alf Farinha, Sardeira, Catroga, Correia e André.

 Guiné > Zona leste > Setor L5 > Galomaro >  CCS/BCAÇ 3872 ( Galomaro, 1971/74) > O alf Vasconcelos e o Médico Vieira Coelho

Guiné > Zona leste > Setor L5 > Galomaro >  CCS/BCAÇ 3872 ( Galomaro, 1971/74) > Pessoal de saúde de prevenção no decorrer de uma operação.

Fotos (e texto): © Juvenal Amado (2013). Todos os direitos reservados.


1. Fotos enviadas pelo Juvenal Amado [, ex-1.º Cabo Condutor da CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74; natural de Alcobaça, vive em Fátima]:


Camaradas,  este é um pequeno contributo para o tema [Os nossos médicos] mas também uma homenagem devida por nós todos.

Um abraço
Juvenal Amado


2. Os nossos médicos, por Juvenal Amado


No dia 18 de Dezembro de 1971, o  dr. António Pereira Coelho embarcou no Angra do Heroísmo integrado no Batalhão 3872, rumo à Guiné.

Penso que já estava em Galomaro no início de Fevereiro de 1972 quando o batalhão lá chegou, pois no mesmo dia assistiu um camarada da CCS/BCAÇ 2912 ( batalhão que fomos render), que teve o azar de bater com a cabeça no funda bolanha quando aí mergulhou.

Contava ele  há uns tempos no grupo dedicado a quem passou por Galomaro: 

Caros amigos deste extraordinário Grupo de convívio à distância, hoje decidi contar-vos uma história pessoal:

“Eu não sou muito preciso em datas mas, no dia em que os "periquitos" do BCAÇ. 3872 chegaram a Galomaro ( ao principio da noite ),  nessa tarde eu fui tomar banho à "bolanha" que ficava à saída de Galomaro e à esquerda na estrada para Bafatá, num dos "mergulhos" bati com a cabeça no fundo da referida "bolanha",  fiz uma luxação na cervical e no dia seguinte fui evacuado para o Hospital de Bissau onde permaneci cerca de um mês.

Passei à disponibilidade com uma má postura na cervical e,  passados uns anos tive que ser operado no Hospital Santa Maria,  em Lisboa. Fiquei com uma parcial mas acentuada deficiência física que, ao longo dos anos,  foi aumentando e, há dois anos a esta parte, estou confinado a uma cadeira de rodas e impossibilitado de sair de casa. 

É esta a minha recordação,  viva e diária, de GALOMARO... DESTINO... E PASSAGEM.”

Este camarada é pois um dos que está possivelmente fora das estatísticas oficiais uma vez que passou à disponibilidade isentando o exército da responsabilidade quanto à sua deficiência adquirida em tempo de serviço.

O referido médico esteve sempre presente nas nossas aflições. A mim tratou-me de um violento ataque de paludismo e outros pequenos achaques, que me fizeram estar internado na enfermaria três vezes.

Montou uma sala onde passou a fazer pequena cirurgia e tentou inclusive debelar uma epidemia de furunculose que atacou os soldados de Galomaro entre o 9º  e os 12 meses de comissão. Vi casos de camaradas com vários furúnculos na cova do braço ou por detrás do joelho, nas costas, no pescoço etc. Quem não foi atacado pela maleita gozava com os outros,  dizendo que se tinha ouvido no rádio que vinha mais um carregamento dessa praga para o 3872.

Na verdade era muito doloroso e incapacitante e inicialmente chegaram a ser internados na enfermaria, mas com o propagar do problema acabaram por ficar nos respectivos abrigos. O dr P. Coelho chegou a enviar amostras de pus para ser feita uma vacina para o problema.

Estava sempre disponível para nós bem como o atendimento às populações. Mulheres grávidas, meninos com infecções após a circuncisão, promoveu a vacinação das populações bem como a debelar doenças sexualmente transmíssíveis, como aconteceu após festa da tabanca ter havido o perigo de contágio em larga escala dos seus habitantes. Acabou dessa forma à nascença com possíveis propagações mais alargadas.

Mais tarde foi transferido para o hospital de Bafatá como director e,  juntamente com a sua esposa que também lá se juntou a ele, continuou a cuidar das populações.

Ele também foi o responsável por nós praças termos direito a comprar uma garrafa de uísque por mês e a tê-lo disponível na venda a copo na cantina. Até à data o referido, nem pelos nossos narizes passava e tínhamos que pedir a um furriel se nos dispensava alguma. “Problemas de distribuição”.

Em Galomaro foi substituído pelo dr. Vieira Coelho, que ficou connosco até ao fim da comissão.

Também esse médico deixou amigos e o respeito dos soldados que com ele privaram ou dele necessitaram.

O dr Pereira Coelho e o dr Vieira Coelho evitaram muitos problemas de saúde e actuaram firmemente, evacuando camaradas quando assim era exigido, por essas razões ficaram na memória de todos nós.

Se não estou em erro, no tempo do 3972 o médico sediado na sede do batalhão prestava serviço médico às companhias operacionais, não tendo porem a certeza se o Saltinho não seria assistido por médico de Bambadinca.

Bem hajam por isso.
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Nota do editor:

Último poste da série > 24 de junho de 2013 > Guiné 63/74 - P11756: Os nossos médicos (52): Com o pessoal do meu batalhão, partiram, em 24/4/70, no T/T Carvalho Araújo, très alf mil médicos: Vitor Veloso, José A. Martins Faria e Eduardo Teixeira de Sousa (António Tavares, ex-fur mil, CCS/ BCAÇ 2912, Galomaro, 1970/72)

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Guiné 63/74 - P11756: Os nossos médicos (52): Com o pessoal do meu batalhão, partiram, em 24/4/70, no T/T Carvalho Araújo, très alf mil médicos: Vitor Veloso, José A. Martins Faria e Eduardo Teixeira de Sousa (António Tavares, ex-fur mil, CCS/ BCAÇ 2912, Galomaro, 1970/72)



Lisboa > Pessoal do BCAÇ 2912 no Cais Marítimo de Alcântra, na manhã de 24 de abril de 1970, a caminho da Guiné


Guine > Zona leste > Setor L5 > Galomaro > BCAÇ 2912 (1970/72) >  O nosso aquartelamento, em maio de 1970

Fotos: © António Tavares  (2013). Todos os direitos reservados. 



1. Resposta, com data de 22 do corrente, ao questionário sobre os nossos médicos (*), por parte do António Tavares, (ex-Fur Mil da CCS/BCAÇ 2912, Galomaro, 1970/72) . foto direita


Médicos do BCaç.2912 – Galomaro em 1970/72

(a) - Partiram no Carvalho Araújo, em 24-04-1970, três Alferes Milicianos Médicos.

Vítor Manuel Veloso da Silva, José Alberto Martins Faria e Eduardo Teixeira de Sousa.

(b) – CCS (Galomaro), CCaç.2701 (Saltinho) e Bissau (HMR 241).

(c) – Conheci-os no IAO em Santa Margarida.


O Dr. Vitor Veloso  [, foto  à  esquerda, ] é Cirurgião e Presidente do Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Foi Presidente do IPO do Porto. É membro Fundador da Sociedade Portuguesa de Senologia (foi criada em 1989) e ex- Presidente da mesma em 2001 a 2003.

No CTIGuiné esteve em Galomaro e Bafatá. As NT e a POP de Galomaro tiveram o privilégio de beneficiar dos conhecimentos médicos da sua esposa que conviveu connosco durante uns tempos. O Dr. Vitor Veloso habitava uma casa particular na Tabanca de Galomaro. Foi médico da CCAÇ 2700 (Galomaro e Dulombi).


O Dr. José Alberto Martins Faria era de Guimarães e faleceu em 2007. No CTIGuiné era o médico responsável da Zona de Acção da CCaç.2701. O Saltinho era uma das poucas companhias operacionais do CTIGuiné que tiveram médico permanente.

O Dr. Eduardo Teixeira de Sousa [, foto à direita,] é um reconhecido especialista de Psiquiatria no Porto. Penso que ficou em Bissau no HM 241.

Foi o Director do Departamento de Psiquiatria no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia.

Em 1971 o Dr. V. Veloso foi para Bafatá como Delegado de Saúde. Foi substituído pelo Dr. José Guedes, ex-Otorrino no Hospital Geral de Santo António do Porto.



Em Janeiro de 1972 o Dr. António Manuel Pereira Coelho  [,. foto à esquerda,] ficou adido à CCS/BCaç 2912.

O Prof. Doutor Pereira Coelho dedicou-se à investigação e com a sua equipa, do Hospital de Santa Maria, de Lisboa, foi o pioneiro da fertilização “in vitro” em Portugal. O primeiro bebé (nasceu em 1986), resultante deste tratamento, foi jogador de futebol no Sporting Club de Portugal.

(d) – Sim.

(e) – Sim. Paludismo agudo. Em Maio de 1970 fui dos primeiros tropas a estrear a inacabada enfermaria de Galomaro. Certo dia começou a chover e os meus camaradas enfermeiros, por diversas vezes, mudavam a minha cama para um local onde não chovesse. Vómitos de sangue, febres altas, frio, desmaios e diarreias imobilizaram-me uns tempos na enfermaria.

(f) – Não.

(g) – Não.

(h) – Paludismo.

(i) – Sim. Bastante afluência de tropas e nativos. Consultas, injectáveis, curativos. Recordo ter visto, quando estava internado, um pénis, de um nativo, que de imediato imaginei uma banana cheia de pintas, escrevo mesmo podre.

Todo o pessoal dos Serviços de Saúde, que esteve em Galomaro, era muito estimado quer pelas NT quer pela população local. As suas qualidades de trabalho e humanas jamais serão esquecidas por quem com eles viveu nas matas do leste da Guiné em 1970/72.

Observações: - Fotografias próprias e outras a circular na internet. Aos seus autores as devidas vénias e agradecimentos. Texto escrito de acordo com a antiga ortografia.

António Tavares
Foz do Douro, 22 de Junho de 2013

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Nota do editor:

Último poste da séroe > 19 de junho de 2013 > Guiné 63/74 - P11731: Os nossos médicos (51): O BART 2917 (Bambadinca, 1970/72) teve pelo menos 4 médicos e prestava assistência à população civil (Benjamim Durães)

(...) Questões:

(i) Quantos médicos seguiram com o vosso batalhão, no barco ?

(ii) Quantos médicos é que o vosso batalhão teve e por quanto tempo ?

(iii) Lembram-se dos nomes de alguns ? Idades ? Especiallidades ?

(iv) Precisaram de alguma consulta médica ?

(v) Estiveram alguma vez internados na enfermeria do aquartelamento (se é que existia) ?

(vi) Foram a alguma consulta de especialidade no HM 241 ?

(vii) Foram evacuados para a metrópole, para o HMP ?

(viii) Tiveram alguma problema de saúde que o vosso médico ou o enfermeiro conseguiu resolver sem evacuação?

(ix) O vosso posto sanitário também atendia a população local ?

(x) (E se sim, o que é mais que provável:) Há alguma estimativa da população que recorria aos serviços de saúde da tropa ?...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Guiné 63/74 - P8552: Os nossos médicos (38): O Prof Pereira Coelho, o pai do bebé-proveta em Portugal... e que esteve em Galomaro... Recordando ainda os Dr. Pinheiro Azevedo, Dr. Moreira Figueiredo e o Prof Maymone Martins (Joaquim Mexia Alves / Paulo Santiago / Luís Dias)

1. Comentário de Joaquim Mexia Alves [ foto à esquerda,] ao poste P8495 (*) e outros relacionados:

Repito aqui o comentário que coloquei noutro lado sobre os nossos médicos.

(i) Ora bem, o Prof Doutor Pereira Coelho, para os amigos Mané Pereira Coelho, é um homem de eleição. um grande homem e um grande médico. [ Já foi aqui evocado pelo nosso camarigo Luís Dias (*)...Aliás, conheci-o no Galomaro numa "aventura" que me "obrigaram" a fazer e que um dia contarei.]


O seu trato de uma simpatia extrema, a sua dedicação á medicina e àqueles que tratava, grangearam-lhe um capital de simpatia que prevaleceu para além da tropa.


É conhecido por ser o pai do bébe-proveta em Portugal. Conheço-o bem embora já alguns anos o não veja, com grande pena minha.


(ii) O  António Alfredo [Viana Pinheiro] Azevedo não lhe fica atrás em grandeza de alma e dignidade, como homem e como médico, como aliás eu já tinha afirmado.

[E a propósito, escreveu o Paulo Santiago, foto à esquerda,  quando comandante do Pel Caç Nat 53, Saltinho, 1970/72, em comentário ao poste P8485 **]:

O Dr. Azevedo é um camarada que  eu gostaria de encontrar. Foi ele que, definitivamente, conseguiu curar-me das otites que, ciclamente, me apoquentavam,e aquilo eram dores do c... Também ele me tratou do primeiro,  e único, "ataque" de paludismo. Aquela vala da foto, utilizei-a ao ínicio da noite de 3 de Agosto de 1972...O Mexia estava lá, e o Dr. Azevedo,penso que também estava... Uma vala com uma profundidade pouco adequada ao tamanho do Joaquim]...

Também sobre estes dois médicos, escreve o Luís Dias [, foto a seguir à direita,, quando jovem Alf Mil At Inf da CCAÇ 3491/BCAÇ 3872, Dulombi e Galomaro, 1971/74]  (***):

Segundo informações colhidas junto do Professor Doutor Pereira Coelho, o Médico Pinheiro Azevedo pertencia ao BART 3873 (Bambadinca) e não ao BCAÇ 3872 (Galomaro). Ambos seguiram para a Guiné no mesmo barco (onde ia o BART3873, mas com destinos diferentes). Devido ao facto de ele se encontrar no Xitole, à data da emboscada do Saltinho [, ou melhor, Quirafo], foi ele que avançou para o terreno. A seguir chegou o Dr. Pereira Coelho por determinação do Comandante, que conversou com o colega que chegara em primeiro lugar, pois já não havia nada a fazer. Era sua convicção que quem passou as certidões de óbito foi o Dr. Pinheiro Azevedo.


(iii) E continua o Joaquim Mexia Alves:

Já agora e porque noutros postes se fala dele, o Dr. Moreira Figueiredo [, António Lebre Moreira de Figueiredo, estomatologista,] assentou a sua vida em Leiria, tendo-o eu conhecido muito bem. (****)


Para além da sua carreira médica, dedicou-se muito às artes e cultura na cidade do Liz.


(iv) Acrescento então que o Prof. Maymone Martins está, (estava?), no Hospital de Santa Cruz. Julgo que está mais dedicado à cardiologia pediátrica, pois foi quem tratou o meu filho André, quando era ainda criança, e tinha um "sopro cardiaco".


É um homem que apenas conheci nessa altura, mas de uma simpatia e competência extremas, pelo que lhe estou muito agradecido.


Foi-me indicado por um primo meu, Dr. Francisco Machado, (naquela altura chefe da hemodinâmica no Hospital de Santa Cruz, salvo o erro), e que curiosamente foi Comando em Angola. Entramos para Mafra no mesmo dia, tendo-nos separado em Lamego, pois ele foi para os Comandos e eu para os Rangers. (*****)


Um abraço a todos,
J. Mexia Alves

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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 1 de Julho de 2011 >
Guiné 63/74 - P8495: Os nossos médicos (32): Fotos do Serviço de Saúde do BCAÇ 2845 (Albino Silva)



(**) 30 de Janeiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5732: Os nossos médicos (15): Professor Doutor Pereira Coelho (ex-Alf Mil Méd do BCAÇ 3872 e Director do Hospital Civil Bafatá, 71/74

(***) Vd. poste de 29 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8485: Os nossos médicos (29): O arraial minhoto do Alf Mil Med Pinheiro Azevedo no Xitole, em 4 de Abril de 1972 (Joaquim Mexia Alves, CART 3492 / BART 3873, 1971/74)

(****) Vd. poste de 30 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8491: Os nossos médicos (31): HM241: Pessoal médico do meu tempo por especialidades (J. Pardete Ferreira)

(*****) Último poste da série > 11 de Julho de 2011 > Guiné 63/74 - P8540: Os nossos médicos (37): Dr. Fernando Garcia, chefe da equipa cirúrgica do HM241, Bissau, 1966/68 (J. Pardete Ferreira)